One more thing... the best of a good weekend

Joshua hears me comment I'm getting a haircut. He looks at me intently (and it's Sunday morning, and I have pillow hair) and says in his sweet, slow way: 'Mommy, your hair wooks (looks) wovewy (lovely)'. Namastê, dear Josh.

A Vila

A Vila onde moro é um achado: Todo mês de agosto tem a festa da Padroeira na praça central. A festa se estende por 3 fins de semana, e a comunidade toda aparece por lá. A comida não é lá essas coisas, e as prendas da pescaria deixam a desejar, mas a sincera alegria das pessoas que trabalham voluntariamente e a simplicidade do povo da vila sempre me encantam, e a gente sempre dá um pulinho lá.

O último fim de semana do mês de agosto, no entanto, é reservado para a Festa dos Estados, como foi batizada (If you pardon the pun) a festa das igrejas evangélicas do bairro. A família I-Moon, boa de garfo, compareceu. Cada igreja tinha a sua barraquinha, e o entusiasmo e felicidade dos voluntários eram os mesmos nesta festa e na outra (da Padroeira). Nesse quesito, católicos e evangélicos empatam. Talvez encorajados pelo nome da festa, os evangélicos ofereceram mais opções de comida (desde sarapatel, passando por arroz de carreteiro, até queijadinha). Distribuíram algumas mesas e cadeiras na praça e fizeram a festa. A música tocava baixinho, e conseguia-se conversar sem gritar. Só no final da festa é que aumentaram o volume, mas mesmo assim não deu para reclamar: a última banda que tocou era de fato tecnicamente boa, e a bagunça foi encerrada um pouco depois das 11 da noite. Não vimos muitos católicos por lá, o que é uma pena: a comida estava boa, e todo mundo - como na festa católica - parecia estar se divertindo. Deus devia estar sorrindo lá de cima.

Adoro o mês de agosto na Vila. Foi o nosso mês de boas-vindas, e nunca mais quisemos sair de lá.

Sexual Healing

That was a conversation to be had either at the beginning of any male-female relationship, or at the very end of it, or never. No, I mean it. A hell of a talk, and I'm glad J and I are friends enough to have had it. It takes guts, I think. And maturity, and love, no sweat. But guts especially, to ask and to answer. And not to be afraid. And to trust. It's true I said, a couple of times, 'THAT I'm not going to answer', but I ended up answering just the same.

So here's what we talked about - not in any particular order: poligamy, ménage à trois, sex with two women, sex with two men, sexual fantasies, different-sized dildos, masturbation, penetration, oral sex, anal sex, hand jobs, blow jobs, personal preferences, porn, how (not whether) bisexual I am (!), orgasms. Kinda neat.

Trespassers W (A.A. Milne)

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... and what I'm listening to

Now, moving on to A. A. Milne. He is the author of the Winnie the Pooh stories, which he wrote for his son Christopher Robin. If you can, try not to think of Disney's Pooh, but rather of the delicate trace of E. H. Shepard, who originally illustrated the books. Pooh's stories are whimsical and fun. And to listen to them in Peter Dennis' interpretation is a pleasure. So this is what has been distracting me whenever I take off walking. It may sound silly, and it probably is, but I can't help it.

What I'm reading...

Nick Hornby has been barging into my life quite a lot lately. I read about him in other people's blogs, on the news. Or overhear people talking about him, or about a film based on one of his books. So I finally broke down and did what any sensible person would've done in my place: I asked my good friend B (who is the proud owner of a cool little collection of N.H.'s books) to lend me a Hornby book. He brought a bag full of them, and I got to pick. The one I chose to start me off is 'A long way down'. I love it so far. It is very witty. I'm glad, because what took me so long to start reading Nick Hornby was that I thought Fever Pitch was such a drag! I never did warm up to that book, and was rather dreading to feel the same about another one of his stories. Turns out I shouldn't have worried: The book is a gem, and I'm having fun with it! Thanks, B!

Blogging from work - Girlfriends

I shall say in my defense that I oficially start work at 2 pm (and it's 1.23 pm now), so I'm not oficially goofing off.
Talked to V briefly this morning. She read the post about Juliano, and then set the record straight: apparently I was the only one who never talked to the guy - some people just don't respect this six-degrees-of-separation shit. *wink*
The good news is that we got to chat a little, and I was reminded of how much I miss her. She's one of the few real girlfriends I have, and I miss our talks. It seems my (few real) girlfriends have found themselves - C in her search for God, V in her search for her call. Which, I realize now, is the same thing. Don't know who else is one of the few.

Em tempo...

Neologismo
Manuel Bandeira

Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.

Ah, Bandeira, Bandeira... Hoje, olha só que luxo, numa conversa boa com um amigo novo, pensei em você e neste seu poema. Beijamos pouco, falamos menos ainda. Mas inventamos palavras. Evoé, Poeta!

To V, with love

Six degrees of separation: Theory that anyone on the planet is connected to any other person on the planet through a chain of acquaintances that has no more than five intermediaries.

Way before we were roommates, V had this crush on this Juliano guy. He was quite charming, in fact. He was always wearing plaid shirts over (white?) t-shirts, and cargo pants. Or jeans. Anyway. My memory might be playing tricks on me, but I think this whole thing with him was pretty platonic. I never even talked to him, and I think V didn't either. We behaved pretty much like a couple of giggly teenage girls around him.

Cut. Forward a few years. Saw his name on a list of members of the same group I participated in - Bookcrossing. Almost dropped a line, why not say hi, you don't know me but i know you, on second thought, that sounds silly, better leave it well alone. Thought about dropping V a line to tell her hey, remember Juliano, but also dropped the thought. Anyway.

Earlier today I was looking for more info on Twitter. Found a lot of things, some interesting and others otherwise, and, once again, ran into my (now) old friend Juliano. He writes about stuff. He writes a lot, and well. I'm still exploring his blog/site, so more on it later. All I can tell you right now is that probably most of it is waaaaaay above my head. Oh well.

And then there's my dear friend Carol. As it happens, she knows this guy Eduardo. So I was introduced to Edu, with whom I chat online on and off. Eduardo is super cool, and writes, too (for a living) - how's that for a major turn-on? And like me and V and Juliano, he was once an AFSer.

So as I was browsing Juliano's site, of course Eduardo's name pops out from one of his posts. It turns out they too are friends. Click. Or zzzzzzz... plop. Here we are. Connected again. Me, V, Carol, Eduardo, Juliano. Or in any other order it might please you.

We're all in this together, someone once said. And ain't that true? As I write this I like to think that God (the Big G) must be chuckling somewhere, noticing I'm onto him and his schemes. So you've connected us all, huh? Brilliant plan.

Leap of Faith

1. Act of believing in something without, or in spite of, empirical evidence.

2. The act or an instance of believing or trusting in something intangible or incapable of being proved.

3. If you take a leap of faith, you do something even though you are not sure it is right or it will succeed.

4. Every leap of faith starts with one small hope.

5. That's all for now. More later. Or not.

Arnaldo Jabor

Anda rolando na internet um texto atribuído ao Jabor que fala das mulheres de mais de 30. Texto interessante, bem construído (na minha modesta opinião), uma pequena pérola. Gostoso de ler, reler e achar que aquela lá é você.
Jabor, é claro, detestou o texto, chamou-o de 'texto de bosta', meteu o pau.
Ao pesquisar, achei textos um pouco diferentes, uns um pouco mais longos que outros. O que eu li, vindo de um amigo meio galinha (que ele não me ouça), foi esta versão aqui:

http://kklawrence.multiply.com/journal/item/102

No mais, prefiro o texto do Jabor (dele de verdade) sobre amor e sexo. A Rita (Lee) adaptou e musicou o texto, e a canção todo mundo conhece. O texto é bonito, forte. Tinha umas frases em maiúsculas no meio. Achei desnecessário, e editei. Quer dizer, mexi na formatação, mas não apaguei nada. Leia.

"(...) O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, finge-se um “amorzinho” para iniciar. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O pergio do amor é virar amizade. Com camisinha, há sexo seguro, mas não há camisinha para o amor. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor."

KEB' MO' - America the Beautiful

KEB' MO' - America the Beautiful




Found this gem while looking for something good, new and uplifting to listen to. This inspires me. Gives me goosebumps. Completely floors me.
Besides, B. likes it too, and B. might not know much (*wink*), but he does know his music.

Ain't it true?

'Cause sometimes when you lose your way
it's really just as well
Because you find yourself
that's when you find yourself'' (Brad Paisley)

Who'd have thought? This pretty little thing comes from a country song... In fact, the whole song is a beauty.